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Os desafios do Plano Nacional de Resíduos até 2040

Após quase 12 anos de espera, o governo brasileiro publicou o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), instituído pelo Decreto Federal Nº 11.043, de 13 de abril de 2022. O documento foi elaborado por meio de Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério do Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE).


Na prática, ele tem o objetivo de traçar diretrizes, metas, estratégias e ações de modernização para a gestão dos resíduos sólidos no Brasil, regulamentando a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.


Com validade em todo território brasileiro, o decreto pretende dar fim a um grave problema ambiental no Brasil: a existência ainda de mais de 3000 lixões no país até 2024 e a recuperação de 50% do lixo gerado até 2040.


Segundo a ABRELPE, os lixões e aterros a céu aberto no país recebem quase 40% de resíduos (30,3 milhões de toneladas por ano), montante que poderia ocupar 765 estádios do Maracanã. Esse volume impacta, além do meio ambiente, a saúde de cerca de 77 milhões de brasileiros.


No "Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil", a edição mais recente da ABRELPE sobre o tema, o lixo orgânico ocupa 45% do total de mais de 37 milhões de toneladas ao ano. Os materiais recicláveis secos (plásticos, papel, papelão, vidros e metais) são 35%, e rejeitos representam 14%.


O Planares, com vigência indeterminada, pretende recuperar metade desse lixo gerado que passará a ser valorizado com reciclagem, compostagem, biodigestão e recuperação energética, representando grande avanço se comparado com os apenas 3% de resíduos sólidos urbanos recuperados atualmente.




O plano prevê também:


- o aumento da reciclagem para os resíduos de construção civil (RCCs);


- o incentivo à reciclagem para outros materiais;




- a contribuição para a criação de empregos verdes (os que reduzem a emissão de carbono na atmosfera, melhorando a qualidade ambiental);


- atender a compromissos e acordos internacionais que buscam a redução de gases do efeito estufa.


A logística reversa




Para pilhas, baterias e eletrônicos, o Planares diz no Artigo 12 que é obrigação das empresas dar condições de descarte seguro. Até 2024, espera-se que cerca de 30% do material seja recolhido e, em 2040, o volume deve alcançar 50%.


Para a geração de energiatérmica ou de gás com a reciclagem dos resíduos, a meta é de 48% do material também para 2040.


Incentivo aos catadores


O documento incentiva o trabalho dos catadores (agentes da reciclagem) e das cooperativas que deverão ser remunerados pelas prefeituras. A meta é que, até 2040, 95% das prefeituras paguem pelo serviço. Atualmente são apenas 8%.


Mas e o pagamento da conta?


Toda a sociedade é responsável pela gestão do resíduo que produz, e quem paga essa conta é novamente o contribuinte. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, as prefeituras poderão adequar as taxas de coleta pública ou criar tarifa específica para a gestão dos resíduos, como ocorre em outros países.


E o carnaval carioca deu exemplo de sustentabilidade...


A Grande Rio, a escola de samba campeã do Carnaval do Rio de Janeiro neste ano, confeccionou o último carro do desfile com material reciclado, relembrando catadores que trabalhavam no Lixão de Gramacho.


Faça também a sua parte!


E depois de entender um pouco sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, é preciso que você já coloque alguns itens em prática. Que tal começar a fazer a gestão correta dos resíduos de construção civil na sua obra?


Para isso você vai precisar de caçamba! Então faça um orçamento agora na Alugalogo. Nossos parceiros estão sempre prontos para te atender. Não perca esta oportunidade.





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