A gestão de resíduos sólidos no Brasil ainda tem um longo caminho até que a eficiência necessária seja alcançada. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da International Solid Waste Association (ISWA), o Brasil processa apenas 4% dos resíduos recicláveis de todo o mundo. (informação divulgada em 2022).
Este número está bem abaixo de países que apresentam semelhança em relação ao desenvolvimento econômico do país, como os vizinhos Chile e Argentina, que conseguem processar cerca de 16%.
Esta ineficiência mostra que existe uma falha nos processos de gestão que precisa ser ajustada para que o Brasil consiga recuperar a perda econômica gerada pela ausência de ações. Além disso, a falta de aplicação de práticas de manejo desses resíduos também prejudica o meio ambiente.
Percebe-se então a necessidade de criar ações que visam melhorar o desempenho do país. Mas o que de fato pode ser feito? Continue a leitura e entenda um pouco mais sobre o assunto e também quais medidas podem ajudar nesse processo.
Como funciona a gestão de resíduos sólidos no Brasil?
Primeiramente, vale dizer que a geração de resíduos sólidos no Brasil aumentou nos últimos anos, porém, a demanda e os processos que envolvem a gestão não conseguiram acompanhar esse crescimento.
A partir disso, pode-se dizer que por mais que algumas cidades e empresas sigam os protocolos e as etapas exigidas, a gestão de resíduos no Brasil ainda está longe de funcionar. Para que ela seja eficiente, é preciso, em primeiro lugar, aprimorar a fiscalização e também realizar campanhas que incentivem as empresas e indústrias a implementarem medidas que ajudem na redução dos problemas que os resíduos causam no meio ambiente.
Veja a seguir as etapas fundamentais para atingir a eficiência:
1. Medidas de prevenção e redução da geração de resíduos
É preciso a criação de campanhas de conscientização da população sobre a importância do lixo produzido, apresentando os danos ambientais causados pela não separação ou descarte incorreto desses materiais.
Vale ressaltar que essas campanhas devem ser direcionadas também para grandes empresas e indústrias, pois elas são as maiores geradoras de resíduos.
2. Reuso e aplicação de tecnologias de reciclagem
O reuso é a transformação desses materiais descartados em novos materiais que podem ser reutilizados. Para que isso seja feito, é preciso utilizar as diversas tecnologias disponíveis no Brasil para que cada vez mais tipos de resíduos possam ser reciclados.
3. Coleta e tratamento adequados
Tem-se a necessidade de realizar uma coleta seletiva, seguindo a classificação de cada tipo de resíduo, direcionando-os assim para o tratamento adequado. Para isso, é necessário que exista uma coleta e separação adequadas.
4. Descarte nos locais corretos
Por fim, os resíduos que não tiverem condições de serem reaproveitados devem ser levados para aterros sanitários licenciados, para que as ações finais sejam feitas de acordo com as suas características.
O que deve ser feito para otimizar a gestão de resíduos sólidos no Brasil?
O primeiro passo para melhorar o desempenho da gestão de resíduos sólidos no Brasil é o seguimento de todas as etapas citadas anteriormente. Mas para que isso seja possível, as políticas públicas também devem incentivar a realização dessas ações, além de buscar alternativas para a redução da geração de novos resíduos.
Os setores públicos e privados devem então dar prioridade para essa redução, criando campanhas internas que mostrem a importância e as exigências ambientais de diminuir o lixo produzido, tendo como base o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
Além do mais, necessita-se também de um aumento de profissionais qualificados dentro das empresas para que as soluções aplicadas tenham melhores resultados. O investimento nesses profissionais é fundamental para que o Brasil consiga suprir a demanda, trazendo diversos benefícios para o meio ambiente.
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